de tão cansado, se rende ao embalo, carece de colo, o trato desfez. pôs-se calado, o suave miado, gemido coberto de insensatez. e atormentado, sabe que o lado do certo não vai no caminho que o errado fez. vai-se guiando dos passos traçados, olha, acabado, o passar do mês. mostra, aflito, o medo borrado, molha o teclado de choro, talvez. a folha amassada, a meia rasgada, saudade que mata um pouco por vez. o quadro pintado, a carta, o retrato, o grito abafado do amor cortês. muda a postura, acaba a fissura, passa a catraca às quinze pras seis. meio intrigado, deita suado, sonha acordado e apaga de vez.
texto e foto por: Lorena Caldas