18 de junho de 2010

distância.

e me confunde, essa distância de um passo. folgado esse compasso, milimetrando a vida, o espaço. cada centímetro, cada caminho, cada medida. todos unidos por um certo laço. apertado abraço, o gostinho salgado que quebra o amargo do doce pedaço. meu choro curado pelo resto de cigarro aceso, que agora apago. o traço do início do recado que lhe daria de presente, não satisfaço! e pelo grito sufucado do silêncio que faço, a velha folha traçada eu amasso e, de novo então, começo do começo. as palavras que me fogem os neurônios, eu caço e as marcas da distância, atravesso. o labirinto dos fonemas que agora enlaço, meu cantinho, meu momento no terraço, ilude a coragem dessa mente do pensar escasso. na folha de papel almaço vejo os ruídos do meu pensamento, deletados passo a passo. sinto o cheiro de queimado das faíscas que machucam meu cansaço. logo me debruço no traço do laço. as ideias, despedaço. e assim confesso: esse é um vício que já não mais disfarço.

texto e foto por: Lorena Caldas

6 comentários:

  1. Oi Lorena! Bonito poema e as rimas. É uma bela declaração de amor, de reconciliação. Abraço

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  2. Como disse o amigo acima com mta propriedade é q vc usa das palavras.. Elas as vezes nos enganam, mas omo pode-se ler pela postagem mtas vezes tb são luz para nossa caminhada.. Beijo grande. boa semana!

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  3. Olá L.
    Primeira vez que venho aqui!

    Adorei esse texto, tão profundo.

    beijos e boa semana.

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  4. belo uso das palavras, com tantas rimas vazias por aí

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  5. Soou tão Teatro Mágico esse texto. Uma atmosfera boa, poética de melhor qualidade.


    Obrigada pela força nos comentários.

    Beeijo.

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  6. Bacana este seu jeito de escrever sem letra maiúscula após o ponto.

    Passa lá no meu blog.

    Abs.

    www.filosofandoonline.com.br

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